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COVID-19: analysis of the risks of operating during the pandemic. What are the real perioperative complications in asymptomatic patients and how to optimize early diagnosis?

THAÍS DE SOUSA GONÇALVES; BRUNA LAGO CHAVES; LIA PATRUS BANNET; SERGIO CARREIRÃO; FARID HAKME
Rev. Bras. Cir. Plást. 2020;35(4):472-478 - Review Article

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ABSTRACT

Introduction: Controlling dissemination as well as treating patients infected with the new coronavirus are global challenges. Despite the protocols and guidelines generated by the WHO and the leading medical societies that seek to control the pandemic, there are still few reports in the literature that show complications in the perioperative period of patients, initially asymptomatic, infected by COVID-19. This study aims to offer data to plastic surgeons beyond the scope of aesthetic and reconstructive surgeries.
Methods: A review article was performed after selecting sixteen articles from PubMed. These were analyzed for their type, statistical relevance, number of participants, complications, and reported outcomes.
Results: The mortality rate of patients with COVID-19 undergoing surgical procedures was higher than that estimated in infected patients who did not undergo these procedures. There were also increases in the patient's admission rate to intensive care units and the pulmonary complications rate. The main predictors of mortality were defined, besides the role of chest tomography for the diagnosis of COVID-19 in the perioperative period.
Conclusion: It is essential to understand the risk of operating patients during the pandemic, even if asymptomatic. The increased risk of complications and mortality in elective and emergency surgeries requires disseminating adequate information to both doctors and patients. The objective, therefore, is not to define the medical conduct of surgeons, but to allow analysis in the decision-making process.

Keywords: Coronavirus; Plastic surgery; Postoperative complications; Mortality; Risk; Risk factors.

 

RESUMO

Introdução: O controle da disseminação e o tratamento de pacientes infectados pelo novo coronavírus é um desafio global. Apesar de protocolos e orientações geradas pela OMS e principais sociedades médicas visando o controle da pandemia, ainda são poucos os relatos na literatura que mostram as complicações no perioperatório de pacientes, inicialmente assintomáticos, que foram infectados pela COVID-19. O presente estudo objetiva oferecer dados aos cirurgiões plásticos que extrapolam o âmbito das cirurgias estéticas e reconstrutoras.
Métodos: Foi realizado um artigo de revisão após a seleção de dezesseis artigos do PubMed. Estes foram analisados quanto ao seu tipo, relevância estatística, número de participantes, complicações e desfechos relatados.
Resultados: A taxa de mortalidade de pacientes com COVID-19 submetidos a procedimentos cirúrgicos foi superior do que a estimada em pacientes que não foram submetidos a estes procedimentos. Também foram observados aumento na taxa de admissão de pacientes em unidades de terapia intensiva e na taxa de complicações pulmonares. Os principais fatores preditores de mortalidade foram definidos, assim como o papel da tomografia de tórax para o diagnóstico da COVID-19 no perioperatório.
Conclusão: É essencial entender o risco de operar pacientes durante a pandemia, ainda que assintomáticos. O maior risco de complicações e mortalidade em cirurgias eletivas e emergenciais demanda a disseminação de informações adequadas tanto aos médicos quanto aos pacientes. O objetivo, portanto, não é definir a conduta médica dos cirurgiões, mas possibilitar a ponderação no processo de tomada de decisões.

Palavras-chave: Coronavírus; Cirurgia plástica; Complicações pós-operatórias; Mortalidade; Risco; Fatores de risco

 

Post-COVID-19 syndrome and plastic surgery: case report of a patient with return of respiratory symptoms in the postoperative period of reduction mammaplasty

Thais De Sousa Gonçalves; Bruna Lago Chaves; Giovanna Lucieri Alonso Costa; Lia Patrus Bannet; Farid Hakme
Rev. Bras. Cir. Plást. 2022;37(2):233-238 - Case Report

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ABSTRACT

Introduction: As the concept of post-COVID-19 syndrome emerges, the negative result of an RT-PCR test is no longer enough to represent a patient's complete clinical recovery. In this context, a question arises: what are the risks of performing surgery on a patient whom COVID-19 has already infected?
Case Report: Female patient, 36 years, infected by COVID-19 in December 2020, showing mild symptoms. Once asymptomatic and with a negative RT-PCR test, she was submitted to a breast reduction surgery, in January 2021, through the inferior pedicle technique by Liacyr Ribeiro and Nipple-Areolar Complex (NAC) ascension by Letterman maneuver. On the first postoperative day, the patient developed respiratory symptoms, which continued throughout the postoperative period. Despite the unsatisfactory treatment of partial necrosis of the right NAC, the patient maintained respiratory and systemic symptoms suggestive of the return of COVID-19 in the late postoperative period.
Discussion: Post-COVID-19 syndrome is defined as the persistence of symptoms of COVID-19, for at least 6 months, after the acute phase of infection. The syndrome's pathophysiology is not completely elucidated; however, a relationship with the Mast Cell Activation Syndrome is proposed. In the report, we emphasize the chronological proximity between SARS-CoV-2 infection and the return of respiratory and systemic symptoms suggestive of post-COVID-19 syndrome and the need to know the possible symptoms and complications of this syndrome, especially in the context of postoperative.
Conclusion: The need for a thorough preoperative analysis in patients with a clinical history of COVID-19 infection is evident since there is a greater risk of postoperative complications.

Keywords: Coronavirus infections; Postoperative complications; Mammaplasty; Respiratory system; Reconstructive surgical procedures.

 

RESUMO

Introdução: Com o surgimento do conceito de síndrome Pós-COVID-19, o RT PCR negativo, isoladamente, não deve representar a completa recuperação da doença. Nesse contexto, interroga-se: qual segurança de operar um paciente que já apresentou COVID-19?
Relato de Caso: Paciente feminina, 36 anos, apresentou COVID-19, com sintomas leves, em dezembro de 2020. Já com resultado negativo de RT-PCR e assintomática, foi submetida a mamoplastia redutora, em janeiro de 2021, utilizando-se a técnica de pedículo inferior do tipo I de Liacyr Ribeiro, com ascensão do complexo areolopapilar (CAP) pela manobra de Letterman. No primeiro dia de pós-operatório, reabriu quadro gripal sintomático e o manteve durante todo o período pós-operatório. Apesar do tratamento satisfatório da necrose parcial de CAP direito, a paciente manteve sintomas respiratórios e sistêmicos sugestivos do retorno do quadro de COVID-19 em pós-operatório tardio.
Discussão: Define-se síndrome Pós-COVID-19 como a persistência dos sintomas de COVID-19, por pelo menos 6 meses, após fase aguda da infecção. A fisiopatologia da síndrome não é completamente elucidada, todavia propõe-se relação com a síndrome de Ativação Mastocitária. No relato, ressaltamos a proximidade cronológica entre a infecção por SARS-CoV-2 e o retorno de sintomas respiratórios e sistêmicos sugestivos da síndrome Pós-COVID-19, assim como enfatizamos a necessidade de conhecer os possíveis sintomas e complicações desta síndrome, sobretudo no contexto de pós-operatório.
Conclusão: É evidente a necessidade de análise pré-operatória minuciosa em pacientes com histórico clínico de infecção pelo COVID-19, uma vez que há maior risco de complicações pós-operatórias.

Palavras-chave: Infecções por coronavírus; Complicações pós-operatórias; Mamoplastia; Sistema respiratório; Procedimentos cirúrgicos reconstrutivos

 

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