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Study of patients with hyperhidrosis treated with botulinum toxin: a 10-year retrospective analysis

Gilberto Marcos Dias dos Reis; Ana Cristina Silva Guerra; João Paulo Amaral Ferreira
Rev. Bras. Cir. Plást. 2011;26(4):582-590 - Original Article

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ABSTRACT

BACKGROUND: Hyperhidrosis is characterized by excessive sweating of the forehead, hands, feet, and armpits, either alone or in combination. It affects about 1% of the population. This study aimed to observe the effects of botulinum toxin in patients with hyperhidrosis and demonstrates the application technique of botulinum toxin, the areas of incidence of the disease, and the duration of the results. METHODS: A retrospective analysis of 39 patients with primary hyperhidrosis treated between July 2000 and July 2010 and followed up for 12 months was carried out. Of these patients, 36% were male and 64% were female. Patient ages ranged from 16 to 41 years. A total of 135 areas were treated. Treatment consisted of intradermal injections of botulinum toxin. The total dose applied ranged from 37.5 U to 150 U, with an average dose of 75 U for each treated area. RESULTS: The therapeutic effect of botulinum toxin was observed from the third day after treatment, with a 50% reduction in symptoms within the first week of treatment and up to 94% reduction in the number of hyperhidrosis events after the second week. The reduction of symptoms lasted, on average, for 7 months. No cases of compensatory hyperhidrosis or mortality were observed. CONCLUSIONS: The treatment of primary hyperhidrosis with type A botulinum toxin, although temporary, is an effective, safe, and minimally invasive treatment option. It has a high degree of satisfaction and allows patients to return to their professional activities on the same day. Side effects and complications are temporary, infrequent, and regress without sequelae.

Keywords: Botulinum toxins. Hyperhidrosis. Sweating.

 

RESUMO

INTRODUÇÃO: A hiperidrose caracteriza-se por sudorese excessiva, isolada ou associada, da testa, das mãos, dos pés e das axilas. Atinge cerca de 1% da população. O objetivo deste estudo foi observar os efeitos da toxina botulínica nos pacientes com hiperidrose, demonstrando a técnica, as áreas de incidência e a duração dos resultados obtidos. MÉTODO: Foi realizada análise retrospectiva de 39 pacientes com hiperidrose primária tratados no período de julho de 2000 a julho de 2010, acompanhados durante 12 meses. Desses pacientes, 36% eram do sexo masculino e 64%, do sexo feminino. A idade variou de 16 anos a 41 anos. No total, foram tratadas 135 áreas. Realizou-se tratamento com injeções intradérmicas de toxina botulínica. A dose total aplicada variou entre 37,5 U e 150 U, com dose média de 75 U para cada região tratada. RESULTADOS: O efeito terapêutico foi observado a partir do terceiro dia, com redução de 50% dos sintomas na primeira semana do tratamento e de até 94% do quadro de hiperidrose após a segunda semana de tratamento. A redução dos sintomas durou, em média, 7 meses. Nenhum caso de hiperidrose compensatória foi observado. A mortalidade foi nula. CONCLUSÕES: O tratamento da hiperidrose primária com toxina botulínica tipo A, embora temporário, é uma opção de tratamento eficaz, segura, pouco invasiva e com alto grau de satisfação, permitindo aos doentes o retorno às atividades profissionais no mesmo dia. Os efeitos colaterais e as complicações são temporários, pouco frequentes e regridem sem deixar sequelas.

Palavras-chave: Toxinas botulínicas. Hiperidrose. Sudorese.

 

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