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                        Avaliação da eficácia do enxerto ósseo na correção das laterorrinias
                    
                    A laterorrinia representa um complexo problema funcional e cosmético. O desvio não só compromete a estética facial, como atrapalha todas as funções fisiológicas do nariz, como aquecimento, umidificação, filtragem e fonação, podendo até levar à sindrome de apneia/hipopneia do sono. Para correção cirúrgica da laterorrinia, o material autógeno mais utilizado é a cartilagem septal. No entanto, em casos de grandes deformidades ou mesmo em casos simples em que a quantidade de cartilagem doadora é escassa, o enxerto ósseo tem grande aplicabilidade. Pacientes com narizes e/ou faces pequenas ou desvios septais de ponta nasal beneficiam-se do enxerto ósseo, pois ele evita que ocorra desproporção na relação nariz/face e não promove uma bulbosidade de ponta nasal. O primeiro trabalho sobre o uso de enxerto ósseo do septo na correção de desvios nasais foi publicado por Foda. A aplicação deste enxerto na rinoplastia se mostrou extremamente útil pela fácil obtenção e manuseio, além de resultados definitivos. Não existe na literatura nenhum trabalho estudando a eficiência em longo prazo nem a comprovação da eventual absorção ou integração deste tipo de enxerto com exames e imagem, embora seu uso venha fazendo parte do arsenal técnico dos cirurgiões plásticos há décadas.
OBJETIVO
Avaliar a eficiência e absorção do enxerto ósseo septal na correção das laterorrinias.

Figura 1 - Fixação do enxerto ósseo no septo desviado.

Figura 2 - Pré e pós-operatório.
MATERIAL E MÉTODOS
Foram selecionados 30 pacientes com grandes desvios nasais que procuraram nossa instituição e preenchiam os critérios de inclusão e exclusão. Todos foram submetidos a rinoplastia aberta com colocação de enxerto ósseo. Foram coletados dados demográficos, documentação fotográfica padronizada e por tomografia computadorizada com reconstrução em 3D.
RESULTADOS
Todos os 30 pacientes foram submetidos à cirurgia com sucesso e nenhum apresentou complicações. O desvio nasal foi corrigido em todos os casos e o resultado pós-operatório foi mantido pelos 5 anos estudados, comprovados por documentação fotográfica e tomografia computadorizada. Não houve nenhum caso de extrusão, infecção ou recidiva do desvio no tempo estudado. Nenhum paciente foi excluído do trabalho.

Figura 3 - Pré e pós-operatório.
CONCLUSÃO
Grandes desvios nasais são cirurgias complexas em que a obtenção das duas linhas estéticas anatômicas do dorso nasal completamente alinhadas deve ser a grande busca por parte do cirurgião. O desvio não só compromete a estética facial, como atrapalha todas as funções fisiológicas do nariz, como aquecimento, umidificação, filtragem e fonação. Existem casos mais graves, nos quais a obstrução nasal evolui com a síndrome da apneia/hipopneia do sono.



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