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Original Article - Year2023 - Volume38 - Issue 1

http://www.dx.doi.org/10.5935/2177-1235.2023RBCP681-PT

RESUMO

Introdução: Úlceras venosas crônicas exercem impacto negativo nos domínios físico, psíquico e social, afetando a qualidade de vida de pacientes, especialmente os idosos. O objetivo deste estudo foi avaliar o nível de fragilidade, capacidade funcional e sentimento de impotência em idosos com úlcera venosa.
Método: Um total de 112 idosos foram distribuídos em dois grupos de acordo com a presença ou ausência úlcera venosa. Todos os pacientes foram entrevistados utilizando-se os questionários Edmonton Frail Scale (EFS), Health Assessment Questionnaire-20 (HAQ-20) e o Instrumento de Medida de Sentimento de Impotência (IMSI) no período de maio de 2017 a agosto de 2018.
Resultados: Em relação à pontuação na EFS, 76,8% dos pacientes com úlcera venosa foram classificados como vulneráveis e frágeis, em comparação a 28,6% dos pacientes do grupo sem úlcera. Pontuações no HAQ-20 mostraram diferenças estatisticamente significantes entre os grupos em todas as categorias do instrumento, indicando que idosos com úlcera venosa apresentavam redução da capacidade funcional geral em comparação aos idosos sem úlcera. A pontuação média para o IMSI foi de 41,2 para o grupo com úlcera venosa e 33,4 para o grupo sem úlcera.
Conclusão: Úlceras venosas causaram impacto negativo na capacidade funcional e aumento de fragilidade e sentimento de impotência nos idosos.

Palavras-chave: Idoso; Idoso fragilizado; Envelhecimento; Úlcera varicosa; Qualidade de vida

ABSTRACT

Introduction: Chronic venous ulcers have a negative impact on the physical, psychic, and social domains, affecting the quality of life of patients, especially the elderly. This study aimed to assess frailty, functional capacity, and feelings of helplessness in older people with venous ulcers.
Method: 112 older people were divided into two groups according to the presence or absence of venous ulcers. All patients were interviewed using the Edmonton Frail Scale (EFS), Health Assessment Questionnaire-20 (HAQ-20), and the Impotence Feelings Measurement Instrument (IMSI) from May 2017 to August 2018.
Results: Regarding the EFS score, 76.8% of patients with venous ulcers were classified as vulnerable and frail, compared to 28.6% of patients in the group without ulcers. Scores on the HAQ-20 showed statistically significant differences between groups in all categories of the instrument, indicating that older people with venous ulcers had reduced general functional capacity compared to older people without ulcers. The mean IMSI score was 41.2 for the group with venous ulcers and 33.4 for the group without ulcers.
Conclusion: Venous ulcers had a negative impact on functional capacity and increased frailty and feelings of powerlessness in the elderly.

Keywords: Aged; Frail elderly; Aging; Varicose ulcer; Quality of life


INTRODUÇÃO

Desde a metade do século passado, estão ocorrendo modificações significativas nos padrões demográficos e de saúde da população mundial, acarretando um crescimento expressivo da população idosa, muitos apresentando algum tipo de doença crônica. Estima-se que, em 2025, o Brasil terá a sexta população de idosos do mundo, cerca de 32 milhões de pessoas1,2,3,4.

O impacto negativo da úlcera venosa crônica na qualidade de vida é relatado particularmente em relação aos domínios dor, função física e mobilidade5,6,7,8. A depressão e o isolamento social também são reportados como manifestações decorrentes da presença da úlcera venosa7,8,9,10,11.

A maioria dos idosos com úlcera venosa sentem-se frustrados, impotentes, perdem a fé no tratamento e sentem-se vulneráveis, incapazes de desenvolver as atividades diárias8,12,13,14,15, culminando com a crescente dependência, cuja evolução pode modificar-se e até ser prevenida ou reduzida, se houver ambiente e assistência adequados11,16. A dependência pode ser considerada ainda como um estado em que as pessoas se encontram por razões ligadas à falta ou perda de autonomia (física, psíquica, social), à necessidade de ajuda para realizar as atividades básicas. É um problema grave de saúde, que interfere na qualidade de vida do idoso e do seu cuidador14,17.

Ao avaliar capacidade funcional do idoso com úlcera venosa, observa-se que os pacientes apresentam redução na capacidade de autocuidado e de atendimento às necessidades básicas6,9,12. A capacidade funcional ou limitação funcional pode ser definida como a capacidade do indivíduo em manter suas capacidades físicas e mentais em suas atividades básicas e instrumentais15,16.

A fragilidade no idoso com úlcera venosa acaba tornando-se crônica, resultando em sentimento de impotência, baixa autoestima e autoimagem16,17,18,19.

A maioria dos estudos acerca da síndrome da fragilidade e dos indivíduos idosos com doenças crônicas justifica-se pelo fato de que essa condição torna essa população mais propensa à redução progressiva da capacidade funcional, a internações repetidas e maior demanda dos serviços de saúde nos diversos níveis17,18,20,21,22,23,24.

Nesse sentido, a síndrome de fragilidade adquire importância como alvo para investigações e intervenções, tendo em vista o impacto sobre indivíduos idosos, principalmente com úlcera venosa, suas famílias e a sociedade como um todo. Não foram encontrados estudos na literatura nacional ou internacional que avaliem a síndrome de fragilidade e suas consequências (diminuição da capacidade funcional nas atividades da vida diária e atividades instrumentais de vida diária, sentimento de impotência e seus desdobramentos) em idosos portadores de úlcera venosa e que considerem também os indivíduos pré-frágeis.

OBJETIVO

Avaliar o nível de fragilidade, sentimento de impotência e capacidade funcional em idosos com úlcera venosa.

MÉTODO

Estudo analítico, transversal, descritivo, controlado, aprovado pelo Comitê de Ética Institucional, sobre o parecer: 2.939.899, cuja coleta de dados foi realizada na Universidade Federal de São Paulo no período de março de 2017 a agosto de 2018.

Estabeleceram-se dois grupos de participantes com idade acima de 60 anos: com úlcera venosa e sem úlcera, cada grupo com 56 pacientes.

Foram critérios de inclusão para ambos os grupos: 60 anos ou mais e serem alfabetizados, acrescentando-se para o grupo com úlcera venosa possuir Índice tornozelo/braço entre 1,0 e 1,4. Os critérios de não inclusão para ambos os grupos foram: úlcera mista ou arterial, ser sequelado de acidente vascular cerebral ou amputação de membro inferiores.

Os dados foram coletados por meio de entrevista utilizando-se questionários autoaplicáveis e de domínio público, incluindo um formulário para coleta de dados demográficos, o instrumento Edmonton Frail Scale (EFS)18, o Health Assessment Questionnaire-20 (HAQ-20)21 e o Instrumento de Medida do Sentimento de Impotência (IMSI)15.

O EFS foi escolhido para avaliar se os indivíduos em ambos os grupos se apresentavam frágeis ou pré-frágeis. Esse instrumento avalia o nível de fragilidade em nove domínios representados por 11 itens, incluindo cognição, estado de saúde geral e descrição da saúde, independência funcional, suporte social, uso de medicamentos, nutrição, humor, continência e desempenho funcional. Os intervalos de pontuação para análise do nível de fragilidade são: 0-4, não apresenta fragilidade; 5-6, aparentemente vulnerável; 7-8, fragilidade leve; 9-10, fragilidade moderada; 11 ou mais, fragilidade grave, com pontuação máxima de 1718.

O HAQ-20 é composto por 20 questões divididas em oito categorias que representam um conjunto de atividades funcionais – vestir-se, levantar-se, comer, caminhar, higiene, alcançar-se, preensão e outras atividades. As respostas do paciente são medidas em uma escala que vai de zero (sem qualquer dificuldade) a três (incapaz de fazer). A pontuação final é calculada pelo somatório dos componentes dividido por 8 e pode ser classificada como: HAQ-20 de 0 a 1, deficiência leve; HAQ-20 >1 a 2, deficiência moderada; e HAQ-20 >2 a 3, deficiência grave21.

O IMSI é constituído por 12 questões do tipo Likert de frequência de cinco pontos, variando de “nunca” a “sempre”. Nessa escala, atribui-se aos itens com significado de presença de sentimento de impotência a seguinte pontuação: 1 = nunca; 2 = raramente; 3 = às vezes, 4 = frequentemente; e 5 = sempre, totalizando um máximo de 60 pontos. As 12 questões são divididas em três domínios: capacidade de realizar comportamento (alfa de Cronbach = 0,845), percepção da capacidade de tomar decisões (alfa de Cronbach = 0,834) e resposta emocional ao controle das situações (alfa de Cronbach = 0,578). As pontuações são somadas por domínio e pontuação total, sendo que quanto maior a pontuação, mais intenso será o sentimento de impotência15.

Os dados foram digitados e analisados no programa estatístico SPSS-8.0 (SPSS Inc., Chicago, IL, EUA). Foi utilizado o teste Qui-quadrado de Pearson para avaliar a homogeneidade das respostas, comparando-se os dois grupos do estudo, com nível de significância igual a 0,05 (p<0,05). A comparação entre grupos foi feita com o teste de Mann-Whitney. O teste de correlação de Spearman foi aplicado para avaliar a correlação de variáveis contínuas com variáveis semicontínuas.

RESULTADOS

A amostra foi composta por 112 pacientes com as seguintes características sociodemográficas: 68 (60,7%) eram do sexo feminino, 56 (50,0%) com úlcera venosa, 64 (57,1%) tinham 70 anos ou mais de idade, 43 (38,4%) sabiam ler e escrever; 88 (78,6%) eram aposentados; 45 (40,2%) eram casados, 40 (35,7%) residiam com familiares, 100 (89,3%) faziam uso de medicamentos, 60 (53,6%) apresentavam índice de massa corporal (IMC) adequado, 76 (67,9%) não praticavam atividade física e 84 (75,0%) sofreram queda nos 30 dias anteriores à entrevista.

Segundo a pontuação geral média na EFS por grupo (Tabela 1), pacientes com úlcera venosa foram considerados aparentemente vulneráveis (EFS médio = 6,46) em contraste com pacientes sem úlcera que foram identificados como não vulneráveis (EFS médio = 3,38), com diferença estatisticamente significante entre grupos (p=0,001).

Tabela 1 - Comparação das pontuações na Edmonton Frail Scale entre os grupos.
Grupo EFS – Pontuação Geral Valor de p
n Média Mediana DP
Com úlcera 56 6,46 6,0 3,086
Sem úlcera 56 3,38 3,0 2,253 0,001*
Total 112 4,92 5,0 3,105

EFS: Edmonton Frail Scale; n: tamanho da amostra; DP: desvio padrão; *: nível de significância p<0,05 (Teste Qui-quadrado).

Tabela 1 - Comparação das pontuações na Edmonton Frail Scale entre os grupos.

Em relação à pontuação na EFS por categoria, os pacientes do grupo com úlcera concentraram-se nas categorias “aparentemente vulnerável” e “fragilidade leve”, enquanto o grupo sem úlcera concentrou-se na categoria “não-frágil”. A Tabela 2 indica que 76,8% (n=43) dos pacientes com úlcera venosa foram classificados como vulneráveis e frágeis, em comparação a 28,6% (n=16) dos pacientes do grupo sem úlcera, com diferença estatisticamente significante entre grupos (p=0,001).

Tabela 2 - Distribuição do nível de fragilidade nos grupos de estudo segundo a Edmonton Frail Scale.
Nível de Fragilidade Grupo Valor de p
Com úlcera Sem úlcera Total
n % n % n %
Não apresenta Fragilidade 13 23,2 40 71,4 53 47,3
Aparentemente Vulnerável 16 28,6 11 19,6 27 24,1 0,001*
Fragilidade leve 12 21,4 4 7,1 16 14,3
Fragilidade moderada 11 19,6 0 0,0 11 9,8
Fragilidade severa 4 7,1 1 1,8 5 4,5
Total 56 100 56 100 112 100

EFS: Edmonton Frail Scale; n: tamanho da amostra; *: nível de significância p<0,05 (Teste Qui-quadrado)

Tabela 2 - Distribuição do nível de fragilidade nos grupos de estudo segundo a Edmonton Frail Scale.

A Tabela 3 mostra que os pacientes com úlcera venosa apresentavam maior dificuldade para realizar atividades da vida diária (HAQ-20 geral médio = 1,08) em comparação aos pacientes sem úlcera (HAQ-20 geral médio = 0,37), com diferença estatisticamente significante entre grupos (p=0,002).

Tabela 3 - Comparação da pontuação média nas categorias do Health Assessment Questionnaire-20 entre grupos.
Categorias Grupo Valor de p
Com úlcera Sem úlcera Total
N Média DP n Média DP n Média DP
Vestir-se/cuidar-se 56 0,86 0,841 56 0,20 0,401 112 0,53 0,735 0,001*
Levantar-se 56 1,07 0,912 56 0,39 0,593 112 0,73 0,838 0,002*
Comer 56 0,52 0,687 56 0,13 0,384 112 0,32 0,586 0,002*
Caminhar 56 1,59 0,890 56 0,57 0,759 112 1,08 0,969 0,001*
Higiene 56 1,00 0,653 56 0,29 0,594 112 0,64 0,815 0,001*
Alcançar-se 56 1,13 0,974 56 0,61 0,679 112 0,87 0,875 0,001*
Preensão 56 1,18 1,081 56 0,36 0,616 112 0,77 0,968 0,001*
Outras Atividades 56 1,32 0,917 56 0,43 0,599 112 0,87 0,892 0,001*
Geral 56 1,08 0,729 56 0,37 0,407 112 0,73 0,686 0,002*

HAQ-20: Health Assessment Questionnaire-20; n: tamanho da amostra; DP: desvio padrão; *: nível de significância p<0,05 (Teste não paramétrico de Mann-Whitney).

Tabela 3 - Comparação da pontuação média nas categorias do Health Assessment Questionnaire-20 entre grupos.

Os pacientes com úlcera venosa apresentaram sentimento de impotência mais forte comparado a pacientes sem úlcera venosa. Observa-se na Tabela 4 que a pontuação média para o IMSI foi de 41,2 para o grupo com úlcera venosa e 33,4 para o grupo sem úlcera, com diferença estatisticamente significante entre grupos (p=0,001).

Tabela 4 - Comparação da pontuação média nos domínios do Instrumento de Medida do Sentimento de Impotência entre grupos.
Domínios Grupo Valor de p
Com úlcera Sem úlcera Total
n Média DP n Média DP n Média DP
Capacidade de realizar comportamento 56 15,59 2,130 56 9,04 3,063 112 12,31 4,211 0,001*
Capacidade de tomar instruções 56 11,96 2,607 56 13,95 3,272 112 12,96 3,109 0,001*
Resposta emocional ao controle das situações 56 13,54 2,565 56 10,57 3,173 112 12,05 3,235 0,001*
Geral 56 41,21 4,853 56 33,41 7,081 112 37,31 7,202 0,001*

IMSI: Instrumento de Medida do Sentimento de Impotência; n: tamanho da amostra; DP: desvio padrão; *: nível de significância p<0,05 (Teste não paramétrico de Mann- Whitney).

Tabela 4 - Comparação da pontuação média nos domínios do Instrumento de Medida do Sentimento de Impotência entre grupos.

DISCUSSÃO

Quando o idoso adquire uma ferida, ele pode passar a ter dificuldade para desenvolver várias atividades do seu cotidiano. Muitas vezes, essas alterações nas atividades da vida diária podem causar sofrimento emocional, psicológico e biológico nos indivíduos, acarretando mudanças no estilo e na qualidade de vida e no sono, impossibilitando-os de exercerem suas atividades sociais, de realizarem o autocuidado, de participarem do lazer e do convívio familiar, além de ocasionar absenteísmo no trabalho e até perda das funções laborais em faixa etária produtiva. Estes fatores podem levar o idoso a sentir-se fragilizado22,23,24,25,26.

Neste estudo, a maioria dos idosos sem úlcera não apresentaram fragilidade, enquanto a maioria dos idosos com úlcera venosa apresentaram-se vulneráveis.

Ser frágil relacionou-se a maiores incidências de hospitalização durante o seguimento. Resultados compartilhados com outras evidências científicas, sobretudo quando se verificou uma prevalência que varia de 50% a 80% de frágeis entre os idosos hospitalizados25,26,27,28,29.

Em um estudo no qual os autores verificaram os níveis de fragilidade, independência funcional em atividades instrumentais da vida diária entre os idosos identificados como frágeis, foram encontrados: 29,8% com dependência mínima/supervisão e 81,9% com dependência parcial para as atividades instrumentais da vida diária30. Os autores evidenciaram maior dependência para as atividades nos idosos frágeis, sendo o sexo feminino com maior prevalência de fragilidade30.

Nesta pesquisa, as médias do escore total dos pacientes idosos com úlcera venosa nos instrumentos HAQ-20 e IMSI apresentaram-se elevadas, indicando que esses indivíduos têm dificuldades para realizar algumas atividades da vida diária.

Déficits na capacidade funcional, cognitiva e psíquica são as maiores causas de perda da independência13,15, levando o idoso a necessitar de maiores cuidados para a realização das atividades da vida diária.

Essa questão tem se tornado um desafio a ser enfrentado pelos pacientes idosos com úlceras venosa, uma vez que a expectativa de vida da população tem aumentado, levando ao consequente crescimento do número de idosos com doença crônica e incapacidade funcional.

Tendo em vista que a capacidade funcional do ser humano declina com a idade, é necessário planejar estratégias que melhorem o estilo de vida destes indivíduos com ou sem ferida, principalmente em relação a programas que proporcionem promoção e melhoria da força muscular e das articulações, com integração social dentro e fora do contexto familiar. Essas ações possibilitariam minimizar a dependência desses indivíduos no convívio familiar, social, lazer e para realizar suas atividades diárias28,29.

Esta pesquisa reforça a necessidade de direcionar a atenção à saúde dos pacientes idosos com úlcera venosa, buscando identificar, no cotidiano dos serviços de saúde, seja nos hospitais, ambulatórios, Programa de Saúde da Família e outros, a presença de redução da capacidade funcional e aumento da fragilidade e sentimento de impotência entre os pacientes que convivem no seu dia a dia com a ferida, as principais necessidades de cuidado dessa população e o conhecimento do cuidador para lidar com as incapacidades da pessoa assistida. E, diante das necessidades surgidas nas últimas décadas com o aumento das doenças crônicas e dos pacientes com feridas, torna-se imprescindível que a formação acadêmica e a qualificação dos profissionais de saúde valorizem não somente o conteúdo, mas também a prática assistencial.

CONCLUSÃO

Úlceras venosas causaram impacto negativo na capacidade funcional e aumento da fragilidade e sentimento de impotência nos idosos.

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1. Universidade Federal de São Paulo, Programa de Pós-graduação em Cirurgia Translacional, São Paulo, SP, Brasil

Autor correspondente: Eliana Gonçalves Aguiar Disciplina de Cirurgia Plástica. Rua Botucatu 740, 2o andar, Vila Clementino, São Paulo, SP, Brasil. CEP: 04023-062 E-mail: eaguiar@unifesp.br

Artigo submetido: 14/12/2021.
Artigo aceito: 07/04/2022.

Conflitos de interesse: não há.

 

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