 
                
                 
                
                Extremities - Year 2010 - Volume 25 - (3 Suppl.1)
                        Tratamento da hérnia do implante em gluteoplastias
                    
                    OBJETIVO
Dividir nossa experiência no tema e propor uma sistemática de avaliação dos pacientes acometidos de hérnia ou mal posicionamento do implante, para que possamos oferecer um tratamento planejado, seguro e com bons resultados.
MATERIAL E MÉTODOS
Para avaliação de assimetrias, hérnias ou mal posicionamento dos implantes utilizamos tomografia computadorizada ou ressonância nuclear magnética. Nos pacientes que foram previamente submetidos a gluteoplastia com técnicas diferentes da intramuscular, propomos a troca do implante para o plano intramuscular. Pacientes com hérnia do implante secundariamente à técnica intramuscular são avaliados quanto a espessura do músculo glúteo máximo remanescente. Caso este músculo tenha 2,5 cm ou mais de espessura, é possível a dissecção de nova loja intramuscular profundamente à capsula para introdução do novo implante no mesmo tempo cirúrgico. Naqueles casos aonde o músculo glúteo máximo abaixo do implante encontra-se demasiadamente delgado (<2,5cm), é mais seguro retirar o implante e aguardar 4 a 6 meses para nova operação com a via intramuscular. Finalmente, em pacientes que apresentem a musculatura gravemente afetada pela cirurgia prévia, aonde não é possível a utilização da via intramuscular, utilizamos a técnica submuscular, espeitando o nível do cóccix com limite inferior do implante por corresponder a emergência do nervo ciático.

Figura 1
RESULTADOS
Com esta metodologia, conseguimos oferecer tratamento em tempo único para a maior parte dos pacientes com segurança e sem recidiva da hérnia. Todas as pacientes operadas em tempo único seguindo os critérios acima evoluíram bem e foram submetidas a tomografia de controle. As pacientes com alto risco de recidiva mostraram-se insatisfeitas com a decisão da retirada do implante, desistindo da segunda cirurgia em 50% dos casos. A hérnia do implante glúteo, quando presente, tende a piorar com o tempo, pois como a loja intramuscular possui maior pressão que o tecido celular subcutâneo, é natural que o implante ganhe progressivamente este espaço. Uma vez no subcutâneo, as bordas do implante tornam se visíveis e palpáveis, além da tendência de ptose por falta de sustentabilidade. Não existe consenso ou critérios objetivos para avaliação e tratamento desta complicação.

Figura 2
CONCLUSÃO
Propomos uma avaliação objetiva do paciente com hérnia do implante glúteo e planejamento cirúrgico baseados em critérios definidos por exames de imagem (TC ou RNM). Acreditamos que este algoritmo minimiza o risco de recidiva da complicação e permite tratamento em tempo único, sempre que possível.



 Read in Portuguese
Read in Portuguese
                     PDF PT
PDF PT
                     Print
                    Print
                 Send this article by email
                    Send this article by email
                 How to Cite
                    How to Cite
                 Mendeley
                    Mendeley
                 Pocket
                    Pocket
                 Facebook
                    Facebook
                 Twitter
                    Twitter